Em Roraima, o programa Agro em Campo tem fomentado desenvolvimento e sustentabilidade econômica para os pequenos produtores, disponibilizando o amparo de serviços técnicos rurais, assegurando logística, investimento, regularização fundiária, segurança jurídica, infraestrutura e demais avanços na produção primária.
Nessa sexta-feira, 2, a população de Entre Rios, no município de Caroebe, recebeu o suporte do Governo do Estado por meio da Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação), Iater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural), Aderr (Agência de Defesa Agropecuária), Iteraima (Instituto de Terras e Colonização), Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente) e Desenvolve Roraima.
Na Vicinal 15, as famílias rurais acolheram a comitiva do Agro em Campo com bastante entusiasmo. “O Governo do Estado não mede esforços para ampliar o desenvolvimento sustentável com a Agricultura Familiar abrangendo todas as regiões que fomentam economia com trabalho e produtividade”, destacou Regis Monteiro, coordenador-técnico da Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação).
Para o produtor Cisso Moreira, 70 anos, a esperança da assistência rural tornou-se realidade na localidade. “Sempre trabalhei com a agricultora e jamais presenciei um esforço contínuo e honesto do Governo do Estado com as famílias do campo recebendo incentivos para encontrarmos autonomia econômica. Nossa região tem como característica a pecuária e o plantio de bananas, mas de tudo um pouco conseguimos produzir e prosperar com esforço rural. Nessa oportunidade, os projetos do Governo também têm reforçado o escoamento de nossa produção, ampliando a logística das vicinais, e a cada ano conquistamos ainda mais evolução com o nosso trabalho”, comentou.
A Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Bananas de Entre Rios conta com 30 famílias cadastradas e efetivamente organizadas com a produtividade desde 2009. Durante o Agro em Campo, os coordenadores das instituições do Governo conversaram com os populares e notificaram novas políticas públicas de ampliação rural. “Entender a relação do pequeno agricultor com o cliente também é um aspecto relevante para considerarmos, no que possamos melhorar as discussões sobre a margem de lucro, competitividade e comércio, ampliando o potencial técnico destes profissionais com o atravessador. Com isso, buscamos aperfeiçoar as necessidades administrativas diante do processo agroindustrial”, reforçou Max Fraga, coordenador-técnico da Seadi.
Para o secretário Emerson Baú, o Agro em Campo é um projeto essencial no fortalecimento da Agricultura Familiar. “O amparo técnico executado pelo programa disponibiliza orientação, legalização fundiária, crédito, entre outros serviços importantes que agregam, sobretudo, autonomia para o povo do campo”, comentou o titular da Seadi.
Segundo José Vicente, diretor-técnico no Iater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural), o trabalho da instituição é fundamental para a etapa de manejo e produção do campo. “O Iater está sendo estruturado justamente para atender o pequeno agricultor no fortalecimento da atividade primária, atuando no melhoramento da condução da lavoura”, ressaltou.
Marcelo Parisi, presidente da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária), concluiu sobre o atual posicionamento da instituição. “A Ader deixou de ser um órgão apenas fiscalizador, passando a atuar de forma orientadora, objetivando a segurança do desenvolvimento das atividades produtivas para que os agricultores não encontrem problemas com as etapas de fiscalização”, concluiu.
Farinha de Banana e Chocolate
A produtora Zezinha Sousa, 62 anos, cria gado e cultiva hortifruti há 30 anos em Entre Rios, onde também empreende fazendo farinha de banana e chocolate em pó. “A minha satisfação com a produtividade é enorme. Aqui, eu adoro cuidar dos meus animais e plantação, mas ainda enfrentamos problemas com a logística, no que melhorar as vicinais é crucial para continuarmos evoluindo. Existem estradas que somente um trator consegue desbravar e nem mesmo energia elétrica também inexiste para todos”, explicou.
Milho para os frangos em Rorainópolis
A caminho de Caroebe, a comitiva do Agro em Campo ainda visitou a Granja Mariana, em Rorainópolis, região Sudeste de RR, onde a paraense e pequena empreendedora Raquel Fontes, 40 anos, apresentou seu milharal de três hectares como resultado da Agricultura Familiar já quase pronto para a colheita. “Me sinto contente e muito confiante com o Projeto de Grãos ativo na minha propriedade. Hoje, somos abençoados com a economia prosperando nesta localidade, onde também oportunizamos contratos e renda para mais seis famílias que somam conosco esta realização”, destacou.
Com o abatedouro de frangos ativo em sua propriedade, Raquel supre com sobra as necessidades do mercado local. “Logo vamos expandir a comercialização de aves e atender todo o Estado. Nessas condições, estamos concluindo alguns detalhes para trabalharmos com afinco e alimentarmos Roraima”, ressaltou.
Na Agricultura Familiar, a Prefeitura de Rorainópolis, em parceria com o Governo de Roraima, lançou um projeto de avicultura, onde cada família recebeu parte da ração e 300 pintos do tipo Kobe, um frango branco comumente comercializado por multinacionais.
“Com a iniciativa deste projeto, a absorção local foi grande nos supermercados e no consumo direto, assegurando o produto na cesta básica das famílias de Rorainópolis. Nesta proposta, a Seadi está em processo de implementação de outro projeto que visa o incentivo na criação do frango caipira, produto tradicional da Agricultura Familiar. O frango caipira apresenta maior rusticidade e tem consumo tradicional no Estado, além de apresentar maior sabor e qualidade na carne, possui pigmentação atrativa para consumidores quando exposto em gôndolas de supermercados”, concluiu Marcelo Hentges, coordenador-técnico da Seadi.