No cenário global atual, onde a população continua a crescer rapidamente, a segurança alimentar é uma preocupação constante. Dessa forma, a agricultura desempenha um papel crucial na alimentação do mundo, mas também enfrenta desafios cada vez maiores para atender à demanda crescente. Nesse contexto, o uso de defensivos agrícolas tem sido uma ferramenta valiosa e essencial para melhorar a produtividade.
Contudo, segundo especialistas, o uso dos defensivos deve ser feito de maneira responsável, seguindo as diretrizes e regulamentações adequadas. Pois a aplicabilidade excessiva ou imprópria desses produtos pode gerar efeitos negativos no meio ambiente e na saúde humana, mas sendo aplicados corretamente, os defensivos apresentam uma série de benefícios na agricultura.
“Uma das principais serventias dos defensivos agrícolas é o controle eficaz de pragas e doenças que afetam as plantações. Insetos, fungos e ervas daninhas podem causar danos às culturas, resultando em perdas consideráveis. Os defensivos, quando utilizados de maneira adequada e em conformidade com as boas práticas agrícolas, ajudam a proteger as plantas contra os organismos noviços, garantindo uma produção saudável e abundante”, destacou o engenheiro agrônomo Jefferson Hara.
O profissional ressalta que os defensivos contribuem para o aumento da produtividade agrícola. “Ao controlar pragas e doenças, as plantações têm melhor chance de atingir seu potencial máximo de crescimento. Isso resulta em colheitas mais abundantes, garantindo o abastecimento adequado de alimentos para as populações locais e globais”, reforçou.
O também engenheiro agrônomo Marcelo Hentges, destacou a redução das perdas pós-colheita sendo outro benefício importante da ação defensiva. “Pragas e doenças podem afetar os produtos armazenados, causando perdas durante o armazenamento e transporte. Os defensivos ajudam a prevenir essas perdas, mantendo a qualidade dos alimentos e minimizando o desperdício”, comentou.
Outra benesse dos defensivos tem sido a redução da mão de obra necessária para o controle manual de pragas e doenças. Com o uso desses produtos adequados, os agricultores estão economizando tempo e recursos, aumentando sua eficiência e rentabilidade.
“É importante destacar que o uso de defensivos deve ser realizado com responsabilidade, seguindo as recomendações dos especialistas e levando em consideração os impactos ambientais e na saúde humana. O monitoramento e controle rigorosos por parte das autoridades competentes são essenciais para garantir o uso seguro desses produtos”, concluiu.
PRINCIPAIS TIPOS UTILIZADOS
– Inseticidas: usados para controlar os insetos e pragas das plantações.
– Herbicidas: utilizados para matar as plantas que são consideradas danosas para as plantações.
– Fumigantes: usadas para controlar as bactérias do solo que podem afetar as plantações.
– Fungicidas: usados para controlar os fungos que crescem em locais de plantio.
– Acaricidas: usados para controlar os ácaros.
– Nematicidas: utilizados para controlar nematoides.
– Formicidas: usados no combate às formigas.
No mercado atual, também existem variações de produtos mais modernos, sendo menos nocivos ao meio ambiente, atuando de forma mais seletiva no foco do problema, além dos defensivos biológicos que vem agregado bastante aceitação dos produtores.
HISTÓRIA
Os defensivos foram desenvolvidos em meados do século XIX pelo químico austríaco Othmar Zeidler (1850-1911). No entanto, suas propriedades pesticidas foram descobertas somente no século XX, em 1939.
Na Segunda Guerra Mundial, eles foram empregados para evitar a proliferação de doenças causadas por insetos, sobretudo a malária, pois afetava grande parte da população de soldados. Mais tarde, essas substâncias passaram a ser utilizadas na agricultura visto o resultado que causavam em pragas, insetos e plantas chamadas de “invasoras”.