O Programa Dia de Campo destacou a cajucultura em Normandia, região Norte de Roraima, durante encontro promovido pelo Governo do Estado, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a Prefeitura local, na última sexta-feira, 9. Na oportunidade, foram discutidas técnicas de manejo produtivo com o Dr. Gustavo Saavedra, chefe da Embrapa Agroindústria Tropical em Fortaleza.
“O polo cajueiro em Normandia e seus jardins clonais vem avançando no controle de pragas e na produtividade genética apresentando polpa e castanha com excelente padrão comercial numa persistente produção que perdura por vários meses nesta região”, destacou o agricultor Expedito Cruz.
Segundo o pesquisador Gustavo Saavedra, a Embrapa tem encontrado soluções diversas para o campo, atuando com material genético, projeção de pequenas fábricas de suco, polpa e castanha, agroindustrialização alimentar e não alimentar, modelos de negócios, além da articulação em diferentes etapas da produção. “Nossa missão é acompanhar a evolução dos processos produtivos com o caju em Normandia, disseminando conhecimento e técnicas para que o produto possa alçar projeção nacional e internacional com base na produção, rendimento, resistência a doenças, etc. Por isso, estamos transformando os pomares, conversando com as plantas e criando condições para que o produtor possa produzir mais, gerar novos empregos e muita renda”, comentou.
O secretário municipal de Agricultura, João Menezes, reforçou o fortalecimento de um corredor de exportação do caju, melancia, melão, milho, feijão, aves, peixes e outros produtos com as nações fronteiriças. “Dentre os nossos desafios está a formação de um cinturão produtivo com os municípios de Normandia, Uiramutã, Pacaraima, Amajari e Bonfim comercializando com os países vizinhos. Essa pretensão também estabelece junto às famílias do campo mais dignidade, respeito e qualidade de vida, enquanto o Governo de Roraima também projeta novas escolas, postos de saúde, sistema de abastecimento de água e melhoria nas estradas para esta região”, enfatizou.
Representando o governador Antonio Denarium, o secretário Emerson Baú, destacou que o Governo do Estado tem trabalhado todo o aspecto da produção primária no Estado com intuito de valorizar e expandir o agronegócio. “A Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação tem planejado diversas estratégias de avanço produtivo, auxiliando as cadeias primárias também com a industrialização e mercado interno e externo”, concluiu o titular da Seadi.
O Dia de Campo contou com apoio do Iater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural), Femarh (Fundação do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Aderr (Agência de Defesa Agropecuária) e Faperr (Fundação de Amparo à Pesquisa).
MUDA DE CAJU-ANÃO
O Caju Anão quando plantado em vasos pode chegar a medir em torno de dois metros de altura, enquanto no solo pode alcançar três metros. O cajueiro possui copa ereta, compacta e esparramada, folhas verdes com formato oval e flores pequenas rosa-esbranquiçadas, perfumadas.
A casca do tronco é adstringente, rica em tanino, própria para o curtume; A casca ainda contém substância tintorial vermelho-escuro (tinge roupas, redes em linhas de pesca). Os frutos do cajueiro são interessantes, pois aquilo que acha ser o fruto, não é, mas sim a haste ou pseudofruto carnoso e suculento, bem desenvolvido, de coloração amarela, vermelha ou alaranjada.
O verdadeiro fruto é a conhecida castanha-do-caju, que tem o formato de um pequeno rim de animal. O fruto está maduro quando a haste carnosa fica bem colorida e macia.